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O que é ou não é recovery?

Tarciso Santos - Workshop técnico para a 040 sobre recovery esportivo
Tarciso Santos - Workshop técnico para a 040 sobre recovery esportivo

Recovery é a maneira popular como conhecemos a recuperação pós treino e atualmente está muito associada a recuperações de forma ativa, treinos regenerativos e a fisioterapia. Esse termo é cada vez mais forte no meio dos corredores porque todo mundo posta quando está fazendo e acham que precisam de inúmeros recursos transmitindo a ideia de que quanto mais recovery melhor. 


Nem sempre é assim, pode ser enganoso gastar tanto tempo e dinheiro com fisioterapia ou treinos regenerativos, mas se isso não for acompanhado de bons hábitos de sono, alimentação e boas sessões de reforço muscular a fisioterapia e os regenerativos não serão o suficiente para evitar lesões. Além da recuperação pós treino é fundamental avaliar como treinar de forma eficiente, melhorando nossa eficiência na biomecânica da corrida por meio de bons treinos de força, mobilidade articular e corridas leves são maneiras de melhorar nossa eficiência e consequentemente desgastar menos o corpo. É importante também avisar e combinar com o seu treinador ajustes nos treinos quando estiver se sentindo esgotado ou houver algum desconforto relevante, não ignore os alertas que o corpo emite.


Até esse momento então é importante saber que a base de qualquer recovery é sono, dieta, reforço e respeitar os treinos propostos, se tudo isso está alinhado você conseguirá aproveitar tudo que há de bom nos tratamentos com fisioterapeuta então abaixo vamos descobrir quais são as ferramentas mais comuns utilizadas na fisioterapia para recovery ou tratamento de lesões.


Eletroterapia e recursos tecnológicos

São aparelhos que utilizam correntes elétricas, ondas sonoras ou luz para promover analgesia, cicatrização e recuperação muscular.

  1. TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) – Usado para alívio da dor (analgesia). – Corrente de baixa frequência que estimula nervos sensoriais.

  2. FES (Estimulação Elétrica Funcional) – Estimula contrações musculares em casos de paralisia, pós-AVC, ou fraqueza. – Auxilia em reeducação neuromuscular.

  3. Ultrassom terapêutico – Emite ondas sonoras de alta frequência que penetram nos tecidos. – Usado para reduzir inflamação, melhorar circulação e ajudar na cicatrização de tecidos moles.

  4. Laser de baixa intensidade (Laserterapia) – Usado para acelerar regeneração celular e reduzir dor e inflamação. – Bastante comum em lesões musculares, tendinites, artrite etc.

  5. Infravermelho (termoterapia radiante) – Aumenta a temperatura local, promovendo vasodilatação e relaxamento muscular. – Bom para contraturas, dores crônicas e rigidez articular.

  6. Choque (ondas de choque extracorpóreas) – Gera pulsos de alta intensidade em áreas específicas. – Útil em tendinites crônicas, calcificações, fasceíte plantar etc.



Terapias manuais

Técnicas aplicadas com as mãos, fundamentais na fisioterapia musculoesquelética.

  1. Massoterapia – Massagem terapêutica para aliviar tensão, melhorar circulação e mobilidade.

  2. Mobilizações articulares – Movimentos controlados para aumentar amplitude de movimento e reduzir rigidez.

  3. Liberação miofascial – Atua sobre a fáscia muscular para reduzir dor e restrições de movimento.

  4. Manipulações (ajustes)

– Movimentos rápidos e de pequena amplitude, usados em casos específicos.



Exercícios terapêuticos e cinesioterapia

Parte essencial do processo de reabilitação.

  1. Exercícios de fortalecimento – Para músculos enfraquecidos que estejam causando alguma disfunção no movimento.

  2. Alongamentos – Visam melhorar a flexibilidade e prevenir encurtamentos musculares

  3. Exercícios proprioceptivos – Melhoram o equilíbrio, coordenação e controle motor, especialmente após lesões ligamentares ou neurológicas.



Outros recursos comuns

  1. Bandagens terapêuticas (Kinesio Taping) – Usadas para dar suporte sem restringir o movimento, melhorar circulação e propriocepção.

  2. Dry Needling (agulhamento seco) – Agulhas inseridas em pontos gatilho musculares para aliviar dor miofascial.

  3. Crioterapia (gelo) – Reduz inflamação e dor em fases agudas.

  4. Calor superficial (bolsas térmicas, parafina) – Usado para relaxamento muscular e rigidez articular leve.

  5. Botas de Compressão (normal, quente ou fria)

  6. redução na percepção de dor muscular e na fadiga e melhoria na circulação sanguínea. Frio e calor ajudam respectivamente a relaxar a musculatura ou trazer analgesia e reduzir inflamações, sendo um recurso adicional as botas que normalmente servem apenas para comprimir a musculatura


Um bom fisioterapeuta saberá qual técnica deverá aplicar de acordo com a necessidade do paciente, seja de forma preventiva ou corretiva, reforçando: não adianta corrigir algo causado por um erro de treinamento!  Caso você faça tudo corretamente e ainda sinta que não é o suficiente para melhorar de algum desconforto ou fadiga é o momento de procurar um fisioterapeuta, pois ele conseguirá identificar algum problema que você não conseguiu notar sozinho e fornecer o tratamento adequado.


Se você ainda não sabe onde encontrar um fisioterapeuta que conheça e aplique todos esses recursos pode contar com a equipe multidisciplinar da 040.

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